quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Ómega 3 melhora o prognóstico da Esclerose Múltipla



Na revista Nature Reviews Neurology, vem publicado um artigo sobre o benefício da suplementação com ácidos gordos polinsaturados PUFA, essencialmente ómega 3, na evolução da Esclerose Múltipla (EM).

Estudos revelam uma redução da severidade da EM, em doentes suplementados com ómega 3, moduladores da inflamação, que limitam a produção de substâncias pró inflamatórias, produzidas pela cascata do ácido araquidónico, via metabólica responsável pela síntese de prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos.

Os ácidos gordos essenciais, componentes das membranas celulares, não são sintetizados pelo organismo, por isso têm que ser fornecidos através da alimentação ou através de suplementos. O s ómega 3 EPA e DHA existem no peixe gordo e óleos de peixe.

As resolvinas e as neuroprotectinas são metabolitos do ómega 3 (EPA e DHA), que têm demonstrado potencial efeito anti-inflamatório, acção imunomodeladora e beneficiam a atividade cognitiva. O EPA (ácido eicosapentaenóico) cujos metabolitos são constituídos por resolvinas, actuam sobretudo na inflamação das mucosas e o DHA (ácido docosahexaenóico) cujos metabolitos são as neuroprotectinas protegem o cérebro e a retina.
Este tipo de suplemento deve ser administrado a longo prazo, isoladamente ou associado a outros suplementos nutricionais.
Filomena Vieira
Médica

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