A Revista Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, 2013, publica um artigo que faz referência à importância da Vitamina D na saúde humana, aos diversos métodos laboratoriais que se usam para a dosear e relata a experiência laboratorial do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra, no estudo de várias doenças relacionadas com a deficiência em Vitamina D. Este artigo científico chama atenção para a existência de uma variabilidade de resultados, de imprecisão analítica e de limitações próprias dos diversos métodos.
O melhor indicador do nível corporal de Vitamina D (25OHD) é o doseamento no sangue. Com uma simples análise determina-se a totalidade de Vitamina D, derivada da ingestão alimentar, da exposição solar, e da capacidade de conversão de Vitamina D a partir das reacções enzimáticas do fígado.
Níveis inferiores a 30 ng/ml é considerado défice, e níveis plasmáticos entre 30 a 100 ng são fundamentais para manter uma boa saúde.
A paratormona (PTH) controla os níveis de cálcio no sangue. A relação da 25(OH) D e PTH é inversa.
Existe concordância de opiniões quanto ao mínimo de Vitamina D (30 ng/ml) a partir do qual a PTH se eleva. Este limiar implica uma prevalência do défice de Vitamina D muito elevada na população em geral.
Segundo os autores deste artigo, alguns imunensaios podem levar a erros de interpretação e de classificação clínica. Métodos antigos podem dar resultados erroneamente elevados de Vitamina D.
Os métodos mais usados são radioimunoensaio, ensaios enzimáticos, cromatografia liquida com espectrometria de massa. Segundo os autores, o método RIA 25OH D tem sido o mais utilizado e define o padrão para diagnóstico clínico de deficiência de Vitamina D.
Na nossa experiência clínica, do resultado de 25(OH)D depende a decisão terapêutica e por vezes vêm resultados não concordantes com a clínica e com outros parâmetros analíticos sendo necessária a repetição de análises .
Aconselhamos os nossos pacientes que se informem quais os laboratórios que usam métodos de análise da Vitamina D atualizados.
Filomena Vieira
Médica
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