segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Não foi encontrada relação entre níveis de vitamina D e “pedras nos rins”


Uma das preocupações quando se está a fazer suplementação de vitamina D, é a possibilidade de o rim ser afetado por exemplo através de litíase renal (as vulgarmente chamadas “pedras nos rins”).
No jornal American Journal of Public Health, vem descrita uma investigação que verificou se haveria aumento da prevalência de litíase renal em indivíduos com níveis de vitamina D entre 20 e 100 ng/mL.

Recolheu-se informação e amostras de sangue de cerca de 2 mil participantes de diversas idades, de ambos os sexos e que foram seguidos em média 19 meses. A média do valor de vitamina D dos intervenientes era 45 ng/mL.

Muitas investigações mostram que um nível de vitamina D entre 40-60 ng/mL leva a diminuição do risco de diversas doenças como diabetes e alguns cancros. Para atingir estes valores a maior parte das vezes tem de se recorrer à suplementação.

No estudo em causa, não foi encontrada nenhuma relação entre o nível de vitamina D e a litíase renal.
Os investigadores concluem que desde que se façam análises para confirmar o valor de vitamina D e a amplitude da sua subida, não deve haver receio por parte da comunidade médica em utilizar pelo menos 4 mil Unidades Internacionais.

Nota: A partir de 10 mil unidades Internacionais devem existir cuidados específicos em termos alimentares. É por isso que todos os que iniciam o Protocolo de correção terapêutica de vitamina D são acompanhados por uma médica e uma nutricionista.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Nível de vitamina D melhor em estratos socioeconómicos mais altos

Uma universidade do Texas foi averiguar se o estrato socioeconómico influencia a quantidade de vitamina D que os americanos têm. A publicação está na Public Health Nutrition e para o estudo foram usados dados do NHANES (National Health and Nutrition Examination Survey),  2007-2010.

Foram avaliados os dados de 11857 adultos com mais de 19 anos, sendo que foram excluídos todos aqueles que tomavam altas doses de vitamina D. Restaram 9719 indivíduos.

Os investigadores verificaram que a ingestão total de vitamina D (alimentos + suplementos) é significativamente maior nos grupos de maior poder económico. O poder económico estava associado com a vitamina D em quase todos os grupos étnicos avaliados.

A ingestão diária de vitamina D verificada neste estudo foi maior do que em estudos anteriores, mas ainda assim cerca de 80% dos participantes não estavam a ingerir a quantidade de vitamina D necessária.As mulheres são as que mais usam suplementos e foi nos estratos sociais mais altos que também se verificou mais suplementação. A principal fonte alimentar de vitamina D nesta população foi o leite e leite fortificado. 

Esta investigação reforça a necessidade da preocupação com a medição da vitamina D e do incentivo à ingestão de alimentos com esta vitamina e de suplementos sempre que o valor estiver realmente baixo.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Cinco fatores de risco para a Esclerose Múltipla

No dia 18 de Outubro de 2013, em Copenhague, realizou-se o 29º Congresso “European Commitee for treatment and Research in Multiple Sclerosis" (ECTRIMS). 

Neste congresso dedicado à apresentação dos avanços científicos no tratamento e investigação da EM, foi demonstrada a importância da Vitamina D no tratamento e no desenvolvimento da doença. Além do nível sérico da Vitamina D, outros fatores de risco foram destacados: infecção por Virus Epstein Barr, tabagismo, nível sérico de sódio e obesidade.

Salientamos os seguintes aspectos, dos estudos apresentados:

1: A importância da Vitamina D (1), os autores demonstram que em doentes portadores de EM, com níveis altos de Vitamina D têm melhor prognóstico. Quanto mais alta for a Vitamina D no início do tratamento com Interferon beta 1-b, menor é o risco de agravamento da doença, as lesões são menos graves na RMN, há menor carga lesional, menos atrofia cerebral. 
Os autores salientam que não há dúvidas quanto ao papel da Vitamina D nesta doença.
 Outro estudo (2) demonstra o impacto dos níveis de Vitamina D nos doentes medicados com fingolimod e verificaram que em doentes com níveis altos de Vitamina D houve melhor resposta à terapêutica e redução dos surtos. 
Apesar da evidência científica dos benefícios da Vitamina D, estes estudos não referem qual é dose de suplementação da Vitamina D que melhor favorece o curso da doença.

2: O tabagismo (3) é outro fator de risco apontado e o estudo revela que independentemente da idade de início ou da quantidade de cigarros fumados, o risco de um fumador desenvolver EM é muito elevado.
Parar de fumar é muito benéfico para a EM.

3: Vírus de Epstein-Barr (mononucleose infecciosa) (4) - os estudos apresentados confirmam que presença no sangue de anticorpos do vírus Epstein –Barr  elevados, pode ser responsável pelo aparecimento da EM. 

4: O nível de sódio (5) no sangue em pacientes com EM, pode aumentar a carga lesional, segundo estudo recente. A demonstração deste fator de risco, ainda em fase de estudo, pode estar relacionada com estado metabólico do doente, sendo importante uma dieta equilibrada.

5: A obesidade (6) - Um índice de massa corporal elevado é considerado um factor de risco para a EM. O estudo demonstra que aumento de adipócitos e da leptina está relacionado com maior risco de EM.
Filomena Vieira
Médica

Referências:
1 - Ascherio A, Munger K, White R, et al. Vitamin D as a predictor of multiple sclerosis activity and progression. Program and abstracts of the 29th Congress of the European Committee for Treatment and Research in Multiple Sclerosis; October 2-5, 2013; Copenhagen, Denmark. Abstract 101.
2- Rotstein DL, Healy BC, Malik MT, et al. The effect of vitamin D on disease activity in multiple sclerosis patients on fingolimod. Program and abstracts of the 29th Congress of the European Committee for Treatment and Research in Multiple Sclerosis; October 2-5, 2013; Copenhagen, Denmark. Presentation 419.
3 - Hedstrom AK, Hillert J, Olsson T, Alfredsson L. Smoking and multiple sclerosis susceptibility. Program and abstracts of the 29th Congress of the European Committee for Treatment and Research in Multiple Sclerosis; October 2-5, 2013; Copenhagen, Denmark. Abstract 118.
4 - Lunemann J. EBV and MS. Program and abstracts of the 29th Congress of the European Committee for Treatment and Research in Multiple Sclerosis; October 2-5, 2013; Copenhagen, Denmark. Abstract 116.
5 - Farez MF, Quintana FJ, Correale J. Sodium intake is associate with increased disease activity in multiple sclerosis. Program and abstracts of the 29th Congress of the European Committee for Treatment and Research in Multiple Sclerosis; October 2-5, 2013; Copenhagen, Denmark. Abstract 119.
6 - Bove R, Musallam A, Healy BC, et al. Adiposity markers are associated with disease severity in early relapsing remitting multiple sclerosis. Program and abstracts of the 29th Congress of the European Committee for Treatment and Research in Multiple Sclerosis; October 2-5, 2013; Copenhagen, Denmark. Abstract 119.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Vitamina D: possível papel na terapia oncológica


Uma revisão publicada no jornal “Cancer letters” discute o papel da vitamina D em doenças que envolvam as células sanguíneas, como é o caso da leucemia.
O papel da vitamina D na inibição da proliferação celular é um indicador de que esta vitamina/hormona pode ser um ponto chave em futuras terapêuticas anti cancro.

Estudos in vitro e in vivo em animais e mesmo estudos de correlação epidemiológica entre deficiência de vitamina D e cancro mostram-se muito promissores. Por isso mesmo, revisões como esta que descrevem o papel da vitamina D na formação, diferenciação e morte celular das células (neste caso sanguíneas) são fundamentais para a compreensão dos mecanismos subjacentes ao benefício da vitamina D.
Enquanto a investigação avança, meça o seu nível de vitamina D, seja for a sua situação de saúde e tome suplementação sobre supervisão médica até o seu valor normalizar.
Talvez daqui a uns anos, a vitamina D faça parte dos tratamentos oncológicos e a comunidade médica já esteja mais sensibilizada para a sua importância.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Ómega 3 melhora o prognóstico da Esclerose Múltipla



Na revista Nature Reviews Neurology, vem publicado um artigo sobre o benefício da suplementação com ácidos gordos polinsaturados PUFA, essencialmente ómega 3, na evolução da Esclerose Múltipla (EM).

Estudos revelam uma redução da severidade da EM, em doentes suplementados com ómega 3, moduladores da inflamação, que limitam a produção de substâncias pró inflamatórias, produzidas pela cascata do ácido araquidónico, via metabólica responsável pela síntese de prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos.

Os ácidos gordos essenciais, componentes das membranas celulares, não são sintetizados pelo organismo, por isso têm que ser fornecidos através da alimentação ou através de suplementos. O s ómega 3 EPA e DHA existem no peixe gordo e óleos de peixe.

As resolvinas e as neuroprotectinas são metabolitos do ómega 3 (EPA e DHA), que têm demonstrado potencial efeito anti-inflamatório, acção imunomodeladora e beneficiam a atividade cognitiva. O EPA (ácido eicosapentaenóico) cujos metabolitos são constituídos por resolvinas, actuam sobretudo na inflamação das mucosas e o DHA (ácido docosahexaenóico) cujos metabolitos são as neuroprotectinas protegem o cérebro e a retina.
Este tipo de suplemento deve ser administrado a longo prazo, isoladamente ou associado a outros suplementos nutricionais.
Filomena Vieira
Médica

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Importância da medição exacta da Vitamina D

A Revista Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, 2013, publica um artigo que faz referência à importância da Vitamina D na saúde humana, aos diversos métodos laboratoriais que se usam para a dosear e relata a experiência laboratorial do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra, no estudo de várias doenças relacionadas com a deficiência em Vitamina D. Este artigo científico chama atenção para a existência de uma variabilidade de resultados, de imprecisão analítica e de limitações próprias dos diversos métodos.

O melhor indicador do nível corporal de Vitamina D (25OHD) é o doseamento no sangue. Com uma simples análise determina-se a totalidade de Vitamina D, derivada da ingestão alimentar, da exposição solar, e da capacidade de conversão de Vitamina D a partir das reacções enzimáticas do fígado.
Níveis inferiores a 30 ng/ml é considerado défice, e níveis plasmáticos entre 30 a 100 ng são fundamentais para manter uma boa saúde.
A paratormona (PTH) controla os níveis de cálcio no sangue. A relação da 25(OH) D e PTH é inversa.

Existe concordância de opiniões quanto ao mínimo de Vitamina D (30 ng/ml) a partir do qual a PTH se eleva. Este limiar implica uma prevalência do défice de Vitamina D muito elevada na população em geral. 

Segundo os autores deste artigo, alguns imunensaios podem levar a erros de interpretação e de classificação clínica. Métodos antigos podem dar resultados erroneamente elevados de Vitamina D.
Os métodos mais usados são radioimunoensaio, ensaios enzimáticos, cromatografia liquida com espectrometria de massa. Segundo os autores, o método RIA 25OH D tem sido o mais utilizado e define o padrão para diagnóstico clínico de deficiência de Vitamina D.

Na nossa experiência clínica, do resultado de 25(OH)D depende a decisão terapêutica e por vezes vêm resultados não concordantes com a clínica e com outros parâmetros analíticos sendo  necessária  a  repetição de análises .
Aconselhamos os nossos pacientes que se informem quais os laboratórios que usam métodos de análise da Vitamina D atualizados.

Filomena Vieira
Médica

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla

Hoje é dia Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla.
 
Já faz mais de ano que aplicamos o Protocolo de correção terapêutica da deficiência em vitamina D3 e já foram muitos os pacientes de Esclerose Múltipla que começaram a ver melhorias significativas no seu estado clínico e na sua qualidade de vida.

Esperamos que dias de comemoração como este sirvam para divulgar informação de qualidade, nomeadamente a necessidade da medição dos níveis de vitamina D e a atuação em conformidade para subir os valores deficitários.
 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O papel da vitamina D e polimorfismos genéticos na doença de crohn


Na Nova Zelândia, a prevalência de doença de crohn é uma das mais elevadas do mundo e ainda pouco se sabe sobre os motivos para este facto. Uma investigação publicada na revista Nutrients foi avaliar possíveis razões.
Uma das razões possíveis é a falta de vitamina D e a outra são diversos polimorfismos genéticos. Portanto neste estudo foi avaliar-se o nível de vitamina D e foi avaliada a existência de alguns polimorfismos. 

Nos pacientes com doença de Crohn, os níveis de vitamina D eram significativamente mais baixos do que em controlos saudáveis e foram encontrados diversos polimorfismos que também foram associados com os níveis de vitamina D.

A genética condiciona os níveis de vitamina D, uma vez que alguns polimorfismos foram relacionados com os baixos níveis de vitamina D, mas também se verificaram maiores níveis desta vitamina nos meses de maior exposição solar. Independentemente do motivo pela qual o valor possa estar baixo, os indivíduos com doença de Crohn devem fazer a medição desta vitamina e corrigir o défice, o mais cedo possível.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Esclerose múltipla e genética


No “European Journal of Human Genetics”, cientistas britânicos e canadianos, publicam um artigo que relaciona a deficiência de Vitamina D com Esclerose Múltipla (EM), associada a uma variante genética.
Em famílias com vários casos de EM, realizaram estudos genéticos que demonstraram uma mutação do gene CYP27B1. A vitamina D necessita de ser activada por uma enzima hepática, ligada ao citocromo P450 que tem representação genética no gene CYP27B1. Esta mutação do gene CYP27B1 é transmitida uniformemente aos filhos, provocando baixos níveis de Vitamina D e consequente alteração da função celular.

Não existem estudos que comprovem a relação entre o nível da Vitamina D no sangue e o efeito da suplementação na expressão genética dos humanos, mas a equipa de investigação do Dr. Michael Holick que se tem dedicado à importância da Vitamina D na saúde Humana, realizou estudos genéticos, em adultos saudáveis, suplementados com 400 UI e 2000 IU de Vitamina D, diariamente, durante 2 meses, no inverno, que comprovaram que a Vitamina D está relacionada com 291 genes!
Este estudo permitiu concluir que existe grande diferença nas funções do sistema imune, na resposta ao stress e na reparação do ADN,  conforme o nível da Vitamina D no sangue (valor normal 30 a 100ng/ml).

Qualquer aumento da vitamina D tem efeito positivo na expressão genética que regula as funções biológicas responsáveis pelo desenvolvimento do cancro, doenças auto-imunes e doenças cardiovasculares.

Na nossa opinião, como a vitamina D está relacionada com a EM e outras doenças auto-imunes, a determinação do nível sanguíneo da Vitamina D em grupos de risco o mais cedo possível pode permitir a correcção da deficiência e minimizar o impacto negativo no desenvolvimento desta grave doença.

Filomena Vieira
Médica

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Atlas Mundial da Esclerose Múltipla 2013

A Federação Internacional de Esclerose Múltipla apresenta um estudo epidemiológico sobre a evolução da Esclerose Múltipla (EM) em todo o mundo. Esta é uma organização mundial composta por 44 países, incluindo Portugal, abrangendo 80% da população mundial, que estuda o impacto desta doença na população mundial. Verifica-se que a EM existe em todo o mundo, mas é mais frequente em países afastados do Equador.

A Federação Internacional fornece dados sobre os avanços científicos e terapêuticos, na melhoria do acesso aos meios de diagnóstico da população, ao tratamento e à qualidade de vida destes doentes. Os dados estão apresentados no site do Atlas Mundial da esclerose Múltipla.

A EM é diagnosticada no adulto jovem, por volta dos 30 anos, sendo o sexo feminino mais atingido. A EM Pediátrica, é uma realidade global, porque 2% a 5% dos doentes têm idade inferior a 18 anos.
Este Atlas compara os resultados epidemiológicos globais atuais, com os resultados de 2008 e demonstra um aumento dramático da EM nos últimos 5 anos.

O Norte da Europa e EUA têm uma prevalência de 100 a 180 casos por 100.000 habitantes e em Portugal a prevalência da EM é de 20 a 60 casos por 100.000 habitantes.
Vários estudos científicos comprovam que a deficiência em Vitamina D devido à pouca exposição solar da população pode ser um fator de risco para a EM e na nossa experiência clinica a correção da deficiência da Vitamina D com altas doses segundo o protocolo de Dr. Cícero Coimbra, tem demonstrado benefícios efetivos na qualidade de vida destes doentes, e temos constatado que quanto mais precoce for o diagnostico e mais cedo iniciar a terapêutica, melhores são os resultados. 

Filomena Vieira 
Médica

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Deficiência de Vitamina D agrava o autismo


O autismo é uma doença multifactorial que tem vindo a aumentar na população infantil do mundo ocidental. Existem diversas formas de autismo e uma vasta variação de sintomas, mas para todos, o diagnóstico e tratamento precoce melhoram a evolução clinica.

Na revista, Neuroreport, Outubro de 2013, vem publicado um artigo que alerta para as crianças que sofrem de doenças do espectro do autismo e deficiência em vitamina D.
Investigadores chineses demonstraram que a severidade das doenças do espectro do autismo está dependente dos níveis da vitamina D.
O estudo consistiu na análise de vitamina D em 48 crianças com autismo, comparadas com um grupo controlo de 48 crianças saudáveis. Encontraram níveis de vitamina D muito baixos nas crianças com autismo, em média 19,9 ng/ml versus 22,2 ng/ml, no grupo de controlo.
 Foi utilizada a escala “Childhood Autism Rating Scale” e verificaram que quanto mais alta é a vitamina D no sangue menos severas são as manifestações de autismo.

Segundo os autores, baixos níveis de 25 (OH) D podem ser considerados como um fator de risco independente para a doenças do espectro do autismo.
Na nossa opinião a vitamina D pode ajudar no controle do autismo, associada a outros suplementos, visto que estas crianças sofrem de graves problemas nutricionais.

Filomena Vieira
Médica

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Vitamina D na prevenção de resistência à insulina e hipertensão

Uma investigação publicada este ano na revista Advances in Nutrition mostra-nos o papel fundamental que a vitamina D desempenha na resistência à insulina e hipertensão. Sabe-se que valores baixos de vitamina D estão implicadas nestas 2 condições mas não estavam esclarecidos os valores que aumentavam o risco de aparecimento das doenças.
Baixos níveis de vitamina D já em diversos estudos foram associados a maior incidência de resistência à insulina, mas este estudo foi mais longe e determinou o intervalo de valores em que isso mais acontece: 16-36 ng/mL (40-90nmol/L).

Aliás, os resultados mostram que é necessário atingir valores mínimos de 32ng/mL (80 nmol/L) para se conseguirem notar melhorias pequenas na glicose sanguínea e pressão arterial.

A vitamina D não é causa ou a cura de todos os problemas de saúde, mas se o seu valor estiver baixo, deve melhorá-lo pelo bem da sua saúde! Já não há dúvidas disso!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Doença de Parkinson e deficiência de Vitamina D


Investigadores de Harvard Medical School defendem que a doença de Parkinson é mais frequente em doentes com insuficiência de vitamina D.
A doença de Parkinson é muito debilitante, afetando o sistema nervoso central. Os doentes desenvolvem tremor, rigidez nos movimentos e instabilidade postural.
O estudo consistiu em comparar vários parâmetros clínicos, incluindo a vitamina D em 388 doentes com doença de Parkinson, com o grupo de controle de 283 indivíduos saudáveis. Verificaram que 18% eram deficientes em vitamina D em comparação com o grupo de controle com apenas 9%. Comprovaram a correlação entre deficiência de vitamina D e a severidade da doença.

Os autores concluíram que “os doentes com Parkinson devem ser incluídos no grupo que sofre de deficiência de vitamina D que mais beneficiam com suplementação.” A suplementação com vitamina D pode melhorar a prevenção das quedas e fracturas muito frequentes nestes doentes.

Na nossa opinião a comunidade médica em geral, não está sensibilizada para a importância da vitamina D num grande número de doenças crónicas. Pela nossa experiência, com uma simples análise ao sangue pode-se determinar se o doente é deficiente em vitamina D e suplementar conforme o caso clinico contribuindo para a melhoria da qualidade de vida.
Filomena Vieira
Médica

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Simpósio sobre vitamina D na prevenção da doença


 Na Universidade de Toronto, hoje e amanhã decorrerão 2 simpósios com o tema ”Vitamina D na prevenção da doença”. Estes eventos contam com a participação de professores universitários e investigadores e também com o testemunho de uma sobrevivente de cancro de cancro da mama que se dedica hoje a passar palavra sobre a vitamina D.

Estas atividades são livres, só necessitam de inscrição prévia e os objetivos prendem-se com o esclarecimento da população:, sobre questões como:
- O que é a vitamina D, como funciona e quais as melhores fontes;
- Como medir a sua vitamina D?
- Quanta vitamina D é necessária?
- Como é que níveis de vitamina D de 100-150 nmol/L podem ajudar na prevenção de cancro, doenças cardiovasculares, diabetes, esclerose múltipla, gripes e constipações e ajudar na saúde da infância;
Esperemos que num futuro próximo eventos desta natureza possam ocorrer mais perto de nós!

sábado, 2 de novembro de 2013

Hoje é o dia Mundial da Vitamina D!

O dia 2 de Novembro é o dia Mundial da Vitamina D!
A falta de vitamina D é um problema mundial.

www.facebook.com/vitamindday

Atualmente 1/3 da população mundial é deficiente em Vitamina D.

E porquê?
Porque é através da exposição solar que obtemos a Vitamina D (que é uma hormona) necessária à nossa saúde e cada vez mais em o ser humano vive dentro de edifícios, resguardados do sol.
A deficiência em Vitamina D é um fator de risco para muitas doenças e torna-as mais severas, em particular as doenças auto-imunes como a Esclerose Múltipla.
Aproveite o dia 2 de Novembro para aprender como apanhar Sol. Recomendamos estas leituras:

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Deficiência de Vitamina D e Insuficiência Cardíaca

A Insuficiência Cardíaca (IC) é multifatorial, e consiste na incapacidade do coração bombear o sangue. Afeta a qualidade de vida dos pacientes e provoca intolerância ao exercício físico, por disfunção do ventrículo esquerdo. É considerada uma doença fatal.
Os pacientes estão confinados ao domicilio, tendo reduzida exposição solar, que associada a má absorção de nutrientes, sofrem do risco aumentado de deficiência de Vitamina D.

Baixos níveis de Vitamina D estão associados a maior prevalência da disfunção do miocárdio, morte por IC e morte súbita. Esta doença é mais frequente em indivíduos com mais de 60 anos, normalmente associada ao envelhecimento, mas pode surgir em jovens, na forma de cardiomiopatia congénita.

Um estudo publicado no American Heart Journal, em Agosto de 2013,  demonstra  que a suplementação  com 2000 UI de Vitamina D, por dia, durante 6 semanas, baixa a atividade da renina-angiotensina, melhorando consideravelmente a sintomatologia, dando melhor qualidade de vida a estes doentes.

Os autores defendem que a deficiência de calcitriol (1,25 –dihidroxivitamina D, 1,25 OH D2) componente mais ativa da Vitamina D, pode contribuir para  o desenvolvimento da insuficiência cardíaca,  por: desregular a PTH (paratormona) e o sistema renina angiotensina (SRAA), bloquear o sistema imune e aumentar a proteína C-quinase (PKC). Está relacionada com hipertrofia e morte das células musculares cardíacas, provocando arritmias, disfunção mitocondrial, stress oxidativo,  insuficiência renal e retenção de líquidos.
A hipovitaminose da Vitamina D está associada a mau prognostico no transplante cardíaco.

Na nossa opinião, na maioria das doenças consideradas próprias do envelhecimento, como a osteoartrose, doenças cerebrovasculares, diabetes tipo 2, demências, problemas cognitivos, depressão, pode existir uma deficiência grave de Vitamina D.O doseamento sanguíneo da Vitamina D deve fazer parte dos exames de rotina neste grupo etário. Na nossa experiência a suplementação adequada de Vitamina D contribui para o envelhecimento saudável e activo.
 
Filomena Vieira

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Diminuição de risco do cancro do pulmão com suplementação de vitamina D

128 779 mulheres pós-menopausa que estavam a ser seguidas num outro estudo designado Women’s Health Initiative foram avaliadas no que respeita à suplementação de vitamina D e cancro do pulmão. O Estudo foi publicado no American Journal of Clinical Nutrition

Entre as 128 779 senhoras estudadas, 1771 desenvolveram cancro do pulmão.
Os investigadores verificaram em retrospectiva, que entre as não fumadoras, as que tomavam 800 Unidades Internacionais de vitamina D tiveram 63% menos risco de desenvolvimento de cancro do pulmão, quando comparadas com as que tomavam apenas 100 Unidades Internacionais de vitamina D.

Verificaram também que o risco de cancro do pulmão diminuiu 31% nas senhoras que tomaram 1000 mg de cálcio e 400 Unidades Internacionais de Vitamina D diariamente mas não nas que faziam a mesma suplementação e ainda juntavam mais de 1000 Unidades Internacionais de Vitamina A.
Portanto a suplementação de vitamina D e cálcio pode diminuir o risco de desenvolvimento de cancro do pulmão e as dosagens de outros suplementos nomeadamente vitamina A devem ser muito bem ponderados.

Saiba aqui a que horas e quanto tempo deve apanhar sol para produzir vitamina D ao longo do ano e lembre-se de alimentos com cálcio: amêndoas, legumes de folha escura, algas, lacticínios, sementes de sésamo. Pondere suplementação com os profissionais que o acompanham.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Estudo promissor para o tratamento da Esclerose Múltipla com Vitamina D

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença auto imune debilitante, por vezes com sintomas não específicos (fadiga, perda do equilíbrio, distúrbios de visão transitórios, problemas de memoria, …) que atrasam o diagnóstico. Para a maior parte dos doentes a doença é diagnosticada por volta dos 30 anos, aos 40-50 necessitam de apoio para caminhar e nos casos mais severos, aos 60 anos podem ficar totalmente dependes (acamados).

A Universidade de Wisconsin-Madison, em Agosto 2013, publicou os resultados da investigação efectuada pela equipa dirigida pela Prof.ª Colleen Hayes, sobre o tratamento  da EM com vitamina D  em modelo animal (ratos). Os investigadores utilizaram Calcitriol que é a hormona mais activa da Vitamina D.
Como o Calcitriol tem efeitos secundários, e após várias experiências, deram apenas 1 dose de Calcitriol seguida de suplementos de vitamina D na dieta e este método foi considerado um sucesso pois 100% dos ratos reponderam positivamente.  

Demonstraram que o Calcitriol reverte a doença e pode causar remissão sustentada da EM.

Neste estudo, a equipa da Profª Hayes compara o tratamento da Vitamina D com os corticosteróides que se usam nas fases agudas da doença (tratamento dos surtos) e verificaram que o calcitriol induz a remissão dos sintomas ao 9º dia, em 92% dos ratos, em relação aos 58% com corticosteróides.

Os tratamentos convencionais têm benefícios modestos e a não travam a progressão da doença.

O Calcitriol provoca a morte das células auto-imunes que atacam a mielina enquanto a vitamina D previne a desregulação de novas células auto-imunes, segundo os autores do estudo.
Este estudo pode ser promissor para os humanos, mas enquanto os ratos são geneticamente homogéneos, os humanos são geneticamente diferentes e têm reacções diferentes.
O passo seguinte será aplicar este estudo em humanos e se o tratamento funcionar, futuramente os doentes em fases precoces da EM, poderão nunca ter o diagnóstico oficial da doença.


Filomena Vieira
Médica

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Revisão sobre a segurança da suplementação diária de vitamina D

Na revista Nutrition foi publicado um estudo que fez uma revisão sobre a segurança da toma diária de suplementos de vitamina D.

As publicações analisadas demonstram que doses diárias de 600 a 800 UI (unidades internacionais) são insuficiente para atingir e manter concentrações de vitamina D saudáveis (hidroxiergocalciferol + hidroxicolecalciferol >75 nmol/L).

Maximização dos efeitos fisiológicos no sistema musculoesquelético, sistema nervoso central e periférico, sistema cardiovascular, sistema respiratório, pele, olhos, dentição, imunorregulação e metabolismo só são possíveis com doses mínimas de 1500 UI.

Suplementação até 10 000 UI de vitamina D não produz sinais nem sintomas de toxicidade e são seguros para a população em geral. Assim, mesmo que queira ter um factor de segurança de 5 vezes, pode tomar uma dose de 2000 UI.

Doses até 10 000 UI são seguras e maximizam benefícios fisiológicos.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Avaliação da relação da vitamina D e taxa de suicídio em militares

Diversos estudos epidemiológicos demonstram que a taxa de suicídio de diversos países é maior na Primavera - quando o nível de vitamina D é mais baixo. Sabendo que a vitamina D afeta a função cerebral, um estudo publicado no Plos One foi verificar se níveis baixos de vitamina D pode ser um fator de risco para suicídio.
O estudo foi efetuado em militares e foram usadas amostras de sangue que tinham sido recolhidas no máximo 24 meses antes da data de suicídio. O departamento de defesa em questão guarda amostras de sangue dos seus militares e por cada caso de suicídio foi também considerada uma amostra controlo.
Mais de 30% de todos os indivíduos avaliados tinham valores de vitamina D abaixo de 20 ng/mL e efetivamente os que apresentavam níveis mais baixos apresentaram um risco mais elevado de cometer suicídio.
São necessários mais estudos, mas parece que a vitamina D deve ser avaliada em diversos profissionais que apresentam profissões de risco, como é o caso dos militares, onde o suicídio é frequente. A suplementação como forma de correção de níveis baixos deve ser devidamente implementada.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Medição de níveis de vitamina D na osteoporose

A vitamina D tem um papel fundamental na manutenção de ossos saudáveis e de um correto metabolismos do cálcio. A sua deficiência não só causa ossos mais fracos por consequência de hiperparatiroidismo mas também por alteração da mineralização óssea. Assim, na presença de deficiência de vitamina D o risco de fraturas aumenta.

Um artigo publicado no Clinical Calcium, um jornal científico japonês, discute esta problemática e conclui que é necessário um nível de vitamina D acima de 30ng/mL. Assim, recomenda-se que todos os médicos peçam a medição dos níveis de vitamina D. Neste país a análise de vitamina D não é comparticipada, mas estão a ser esforços para que passe a ser.

A suplementação de vitamina D diminui a incidência de fraturas em indivíduos com osteoporose e níveis baixos da vitamina em questão.
Assim, todas as intervenções na osteoporose devem passar primeiro pela confirmação do valor de vitamina D e sua correção, não só no Japão, mas em todo o mundo.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Europa central preocupada com níveis de vitamina D

Esperemos que outros países sigam o exemplo da Polónia cuja comunidade médica está preocupada com os níveis de vitamina D da população da Europa central. O assunto foi debatido numa conferência através de um Comité Científico denominado “Vitamina D: mínimo, máximo, ótimo”. O Comité incluía profissionais de saúde de todo o mundo.

Sabe-se que um nível adequado de vitamina D é fundamental para a saúde óssea, metabolismo cálcio-fósforo, bem como para a função de diversos órgãos e tecidos incluindo o sistema imunitário. As tendências atuais de estilos de vida, hábitos alimentares, exercício físico parecem estar cada vez mais associados a níveis baixos de vitamina D e a diversos problemas de saúde.

O problema começa a chamar a atenção dos profissionais de saúde da Europa central e foi esse o assunto debatido pelo comité polaco que reviu diversos estudos científicos e dados epidemiológicos para conseguir formular algumas orientações de ação para os profissionais de saúde.

Concluíram que é prioritário melhorar o nível de vitamina D de crianças, adolescentes, adultos e idosos e que essa preocupação deve fazer parte da prática clínica de todos os profissionais.

Estabeleceram como valores de referência: Deficiência: < 20 ng/mL (< 50 nmol/L); Nível sub-ótimo: 20-30 ng/mL (50-75 nmol/L) e Normal: 30-50 ng/mL (75-125 nmol/L).

E fizeram recomendações gerais:
Lactentes 0-6 meses: 400 UI / dia
Crianças de 6-12 meses: 400-600 UI / dia
Crianças / Adolescentes: 600-1,000 UI / dia
Adultos: 800-2,000 UI / dia
Mulheres grávidas: 1.500-2.000 UI / dia

Prematuros: 400-800 UI / dia
As crianças obesas: 1,200-2,000 UI / dia
Adultos obesos: 1,600-4,000 UI / dia
Os trabalhadores nocturnos: 1.000-2.000 UI / dia
Se pelo menos em todos os países a medição da vitamina D fosse generalizada seria mais fácil poder atuar nos níveis baixos que tantas pessoas pelo mundo fora possuem.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Deficiência de vitamina D na gravidez aumenta risco de cesariana

Fatores que aumentam o risco de cesariana incluem por exemplo a idade da mãe, obesidade, ser o primeiro filho ou ter história anterior de cesariana. Uma investigação publicada no Journal of Epidemiology and Community Health descreve um outro fator de risco: insuficiência de vitamina D durante a gravidez.

1153 mulheres viram o seu valor de vitamina D e paratormona avaliados à entrada do hospital no dia da nascença dos seus filhos
Conclui-se que níveis insuficientes de vitamina D aumentaram em cerca de 2 vezes o risco de necessidade de cesariana.

Fazer a avaliação do nível de vitamina D e tomar a suplementação necessária é fundamental para todos, inclusive durante a gravidez.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Vitamina D e saúde oral

A gengivite é uma inflamação crónica das gengivas que pode ser provocada por má higiene oral ou por doenças sistémicas como a má nutrição, diabetes, infecções fúngicas e microbianas, leucemias. O hábito de fumar pode contribuir para esta doença. 
É uma doença muito comum que pode causar dores dentárias, sangramento das gengivas e halitose . Pode causar danos irreparáveis nos dentes.


Um estudo realizado por investigadores do Maratha Mandol Dental College, em Belgaum, India, demonstrou que a Vitamina D tem impacto positivo no controle da inflamação e a importância  desta Vitamina no tratamento e prevenção das doenças dos dentes e gengivas.
O estudo consistiu na avaliação da suplementação com Vitamina D em indivíduos com problemas de gengivite. Foi feito o doseamento da vitamina D antes e depois do tratamento e aplicado um índice de inflamação gengival.
Foram escolhidos indivíduos saudáveis com níveis sanguíneos de Vitamina D superiores 20 ng/ml e inferiores a 65 ng/ml e com índice de inflamação gengival superior a 1. Forma divididos em  4 grupos: Grupo A suplementado com 2000 UI , Grupo B suplementado com 1000 UI, grupo C com 500 UI e grupo D com placebo. Foi doseada a Vitamina D e índice de inflamação gengival, no início do estudo, após 30, 60 e 90 dias de suplementação.

Os autores concluem que a Vitamina D é segura e um potente agente anti-inflamatório. Verificaram os efeitos mais rápidos e o índice de inflamação a diminuir significativamente de 2,41 para 0,34, nos indivíduos que tomaram suplemento de 2000 UI.

Filomena Vieira

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Mantenha a vitamina D normal para não acelerar o envelhecimento da sua pele

A pele é um órgão especial no que à vitamina D diz respeito já que é alvo das acções desta vitamina e também participa na sua produção.
Estudos demonstram que o sistema endócrino que envolve a vitamina D, entre muitas outras funções, regula o envelhecimento de muitos órgãos incluindo a pele.
A revista Dermato-Endocrinology apresenta um estudo que debate precisamente essa questão. Os investigadores foram verificar diversos outros estudos e constataram que animais com alterações no metabolismo da vitamina D apresentam menor tempo de vida, crescimento anormal, deficiências imunológicas, osteoporose, aterosclerose, hipogonadismo atrofia de órgãos incluindo a pele. A normalização dos níveis de vitamina D reverte estas situações.

Também se verificou que quer níveis altos de vitamina D, quer níveis baixos, levam a envelhecimento precoce da pele.

Portanto as radiações UV são protetoras e prejudiciais para a pele já que por um lado podem aumentar a probabilidade de cancro mas por outro permitem a produção de vitamina D. Saiba a forma correta de apanhar sol, aqui.

O metabolismo da vitamina D através de diversos mecanismos: protecção contra radiações UV, desintoxicação, regulação de genes do envelhecimento influencia o envelhecimento da pele e por isso certifique-se de que mantém a sua vitamina D em valores normais.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Vitamina D potencia a regeneração da mielina e a recuperação das células nervosas

Investigadores da Universidade de Marselha, apresentaram um estudo promissor para todos os doentes que sofrem de doenças neurológicas. 
O estudo foi realizado em modelos animais (ratos) utilizando a Vitamina D2 (ergocalciferol) derivado dos fungos e vitamina D3 (colecalciferol) derivado de fonte animal. Demonstraram que ambas potenciam a regeneração de nervos, aumentam o diâmetro dos axónios e melhoram os reflexos, em ratos paraplégicos. Ambas as formas são metabolizadas no fígado por enzimas hepáticas (P450) e ambas chegam à forma activa 1,25(OH)2D, chamada calcitriol.

 Já se conhece a acção promotora da actividade genética nos genes envolvidos na mielinização.
Está demonstrada que existem receptores genéticos (VDRs), largamente distribuídos no cérebro dos ratos e humanos. Em humanos a Vitamina D3 (colecalciferol) é mais eficaz.

A Vitamina D3 é um potente neuromodelador. No modelo animal com lesão neuronal a Vitamina D3 induz recuperação locomotora e electrofisiológica, preserva e forma novos axónios, regula a axogénese e a mielinização e tem função neuroprotectiva.

Filomena Viera

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Reportagem sobre suplementação de vitamina D na esclerose múltipla


O Dr Cícero Coimbra, a vitamina D e a esclerose múltipla são motivos para que não deixe de ver uma reportagem do Globo Reporter (Brasil) emitida em Setembro.

A problemática da esclerose Múltipla e a sua relação com a deficiência de vitamina D, bem como o tratamento com doses elevadas são alguns dos pontos focados. Conheça testemunhos de pessoas que já passaram pela fase do diagnóstico e tratamento e que melhoraram imenso.
Quanto mais cedo a deficiência de vitamina D for verificada e mais cedo se iniciar a suplementação, maiores são as probabilidades de conseguir reverter lesões recentes.

Relembramos que o tratamento com altas doses de vitamina D exige acompanhamento médico, plano alimentar adequado e análises muito frequentes.

Veja aqui a reportagem e informe toda a gente sobre a vitamina D!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Maior probabilidade de infeções hospitalares em doentes com vitamina D baixa


Alterações no sistema imunitário aumentam a probabilidade de infeções. Sendo a vitamina D um elemento de extrema importância para o funcionamento do sistema imunitário foi verificar-se se o nível de vitamina D antes do internamento poderia estar relacionado com infeções durante o internamento.
No American Journal of Clinical Nutrition foi publicado um estudo onde se analisaram 2135 pacientes adultos com hospitalizações entre 1993 e 2010 em que foi medido o valor de vitamina D antes do internamento e quantificou-se a existência de infeções na colheita de sangue 48h depois do inicio do internamento.
Depois de ajustados para confundidores, os resultados mostraram que os pacientes com vitamina D abaixo de 10 ng/mL tinham maior percentagem de infeções hospitalares.
Mais uma vez fica a chamada de atenção para a medição dos valores de vitamina D e sua correção. As infeções hospitalares podem complicar e muito a situação dos dentes e devem ser evitadas.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Suplementação de vitamina D deve ser supervisionada

Um estudo de caso publicado este ano no British Medical Journal, vem recordar-nos que a suplementação com vitamina D deve ser tomada com cuidado e sob supervisão médica.
Se suspeita que necessita de suplementação, faça a medição do seu valor sanguíneo de 25(OH)D3 e peça apoio de um profissional de saúde que perceba do assunto, pois várias análises de monitorização devem ser feitas para seguir cada caso individualmente e ajustar as doses e período de suplementação.
Neste estudo, uma mulher com 75 anos deu entrada numa unidade hospitalar com desidratação severa. Verificou-se hipercalcemia (excesso de cálcio) e hipocalémia (níveis baixos de potássio), com alterações da função renal. Pensavam tratar-se de algum tumor maligno, mas ao segundo dia de internamento a senhora acordou e reportou estar a tomar 60 000 UI de vitamina D diariamente há 2 semanas, quando a prescrição tinha sido de 60 000 UI por semana.
Confirmaram-se os níveis elevados de vitamina D plasmática e tomaram-se as medidas necessárias para a recuperação do estado de saúde da paciente.
Ficou o aviso para que sempre que seja necessária a suplementação com vitamina D, esta seja recomendada por um profissional com conhecimento na área, o paciente compreenda bem a forma como vai fazer a suplementação e haja monitorização regular de diversos parâmetros analíticos, principalmente com altas doses.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Doenças relacionadas com deficiência de vitamina D

Algumas das condições mais comuns e debilitantes de saúde hoje podem estar ligadas a uma deficiência de nutrientes que assola milhões de ocidentais: a deficiência de vitamina D.
Aqui estão sete doenças comuns que podem estar cientificamente ligadas a uma falta crónica de vitamina D:
1) Asma: Embora a causa definitiva da asma esteja ainda em debate, recentemente a ciência aponta para a vitamina D, e em particular a falta dela, como um fator importante na sua prevalência. Especialmente em crianças, a vitamina D tem sido demostrada para ajudar a reduzir a gravidade e a prevalência de sintomas de asma, e pode ajudar a acalmar a inflamação responsável por restringir vias aéreas.
2) Hipertensão: Um estudo recentemente publicado no Journal of Investigative Medicine descobriu que os pacientes com hipertensão melhoram quando os níveis de vitamina D são  impulsionados.
3) Doença Inflamatória Intestinal: Numerosos estudos realizados na Europa, Índia e Estados Unidos identificaram uma ligação entre baixos níveis de vitamina D e maiores taxas de doença de Crohn, colite ulcerativa, e outras formas de IBS. Com base nessa coorte de pesquisa, as populações onde a exposição solar natural é limitada tendem a ter maiores taxas de doença inflamatória intestinal, e vice-versa .
4) Diabetes tipo 2: Um estudo de 2011 publicado na revista AIDS, descobriu que a deficiência de vitamina D pode agravar os sintomas da síndrome metabólica em pacientes com HIV. Mas, no processo de aprendizagem, a equipe de pesquisa também descobriu que a manutenção de níveis elevados de vitamina D através da exposição à luz solar ou a suplementação pode realmente ajudar a reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em geral.
5) As cáries: Suspeita-se, pelo menos desde meados dos anos 1800 que a falta de exposição à luz solar natural é uma das principais causas de problemas de saúde. Mas nos últimos anos, os cientistas depositaram condições específicas, incluindo a má saúde bucal, à falta de vitamina D. Vários estudos recentes descobriram que os níveis ideais de vitamina D promovem a calcificação de dentes saudáveis, enquanto a falta deste importante nutriente pode levar a maiores taxas de cáries dentárias.

6) A artrite reumatoide: Um estudo recente encontrou uma " forte associação" entre a deficiência de vitamina D e Artrite Reumatóide. De facto, aqueles com os níveis mais baixos no plasma sanguíneo de 25(OH)D3 foram considerados até cinco vezes mais susceptíveis às doenças relacionadas com a Artrite Reumatóide do que outros

7) Cancro: Quer se trate de mama, próstata, colo do útero, colo-rectal, esofágico, gástrico, do endométrio, do ovário, pancreático, renal, ou, de todos os tipos de cancros, têm demonstrado ser mais proeminentes entre as pessoas com níveis inadequados de vitamina D. Por outro lado, aqueles com a maior níveis de vitamina D, ou o que são considerados níveis "ótimos", tendem a ser menos propensos a desenvolver cancro.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Como tomar Vitamina D em gotas

A equipa médica da Clinica Drª Cristina Sales, responsável pela aplicação do protocolo da Terapêutica da Vitamina D, do Dr. Cícero Coimbra, na Esclerose Múltipla e outras doenças auto-imunes, alerta para o facto de haver alguma discrepância entre a contagem de gotas de “Vigantol” e o uso de colher - medida ou outro tipo de conta-gotas.

 O “Vigantol” é um produto oleoso, e em doentes que tomam altas doses de Vitamina D a contagem de gotas pode ser demorada. A correspondência da dose total em gotas pode ser calculada em mililitros, sendo neste caso 30 gotas igual a 1 mililitro, mas apenas usando o conta-gotas do frasco de “Vigantol”. Se usar outro conta-gotas ou uma colher de medida de outro produto qualquer, não adaptados à viscosidade do produto, para facilitar e acelerar a contagem, pode a dose de vitamina D, não ser exactamente a mesma. O uso de seringa, em que 1 ml é exactamente igual a 30 gotas, é uma forma correcta e útil quando o doente faz doses elevadas, mas exige uma certa destreza de mãos.

Assim sendo, aconselhámos, para otimizar o tratamento, usar o método de contagem de gotas, com calma, conforme o médico prescreveu, colocando o frasco de ”Vigantol” invertido, com uma inclinação de 45º, diretamente para uma colher e logo de seguida engolir o medicamento. O frasco não deve ser agitado para acelerar o processo. Deve ter em consideração que 1 gota de Vigantol são 667 UI.

Filomena Viera